A Região Alpina é uma das mais ricas do mundo e uma das economicamente mais dinâmicas, inovadoras e competitivas da Europa, com características geográficas e naturais únicas. No entanto, a região enfrenta igualmente alguns desafios que requerem uma resposta comum:
- a globalização económica, que exige que os territórios se distingam do ponto de vista da competitividade e da inovação;
- a evolução demográfica, caracterizada sobretudo pelos efeitos combinados do envelhecimento, da baixa densidade populacional nas regiões de montanha e dos novos modelos migratórios;
- a elevada vulnerabilidade face às alterações climáticas e seus efeitos previsíveis sobre o ambiente, a biodiversidade e as condições de vida dos seus habitantes;
- o desafio energético, cuja gestão deve permitir satisfazer a procura de uma forma sustentável, segura e acessível financeiramente;
- a sua situação geográfica específica na Europa, enquanto região de trânsito;
- um elevado grau de sazonalidade, especialmente em algumas zonas turísticas.
Subsistem ainda diferenças significativas entre as diferentes zonas da região (por exemplo, entre as zonas montanhosas e pré-montanhosas alpinas).
O Conselho Europeu de 19 e 20 de dezembro de 2013 convidou a Comissão, em colaboração com os Estados-Membros, a elaborar uma estratégia da UE para a Região Alpina (EUSALP) até junho de 2015, baseando-se nos sólidos antecedentes de cooperação existentes na região. A estratégia irá produzir efeitos sobre cerca de 80 milhões de pessoas e 48 regiões (mapa em anexo) de sete países, cinco dos quais são Estados-Membros da UE (Alemanha, França, Itália, Áustria e Eslovénia) e dois são países terceiros (Listenstaine e Suíça). A área geográfica que a estratégia macrorregional se propõe abranger é particularmente indicada para o desenvolvimento sustentável da Região Alpina, para promover o crescimento em toda a Europa e a solidariedade recíproca entre as zonas de montanha e os territórios alpinos circundantes.
A estratégia abrangerá as seguintes áreas de política temática: 1) crescimento económico e inovação; 2) mobilidade e conectividade; e 3) ambiente e energia.
A estratégia beneficiará do papel ativo das regiões alpinas apoiadas pelos Estados-Membros e da experiência de um grande número de estruturas de cooperação já presentes na área, além de assentar no trabalho já desenvolvido antes de a Comissão ter iniciado a elaboração da estratégia.