As cidades são concentrações espaciais de atividade e de interação humana. São os motores da economia europeia, oferecendo empregos e serviços e podem ser consideradas como catalisadores de criatividade e inovação em toda a UE. Cerca de 70 % da população da UE vive numa área urbana e estas áreas geram mais de dois terços do PIB da UE. No entanto, são também os locais onde há uma maior concentração de problemas persistentes como o desemprego, a segregação e a pobreza, bem como graves pressões ambientais. As políticas adotadas em relação às áreas urbanas têm, portanto, um significado mais amplo para a UE no seu todo.
Cada vez se torna mais claro que os vários desafios das áreas urbanas – económicos, ambientais, climáticos, sociais e demográficos – estão interligados e o êxito do desenvolvimento urbano apenas poderá ser alcançado através de uma abordagem integrada. As medidas relacionadas com a renovação do espaço físico urbano têm de ser combinadas com medidas que promovam a educação, o desenvolvimento económico, a inclusão social e a proteção do ambiente. O desenvolvimento de parcerias sólidas entre os cidadãos locais, a sociedade civil, a economia local e os vários níveis de governo são, também, um elemento indispensável. A conjugação de capacidades e de conhecimentos locais é essencial para identificar soluções partilhadas e para se alcançarem resultados sustentáveis e bem aceites.
No momento atual, a adoção de uma abordagem deste tipo revela-se especialmente importante dada a gravidade dos desafios que as cidades europeias estão a enfrentar. Estes desafios vão desde alterações demográficas específicas até às consequências da estagnação económica em termos de criação de empregos e prestação de serviços, passando pelo impacto das alterações climáticas. A identificação de respostas eficazes a estes desafios será crucial para concretizar a sociedade inteligente, sustentável e inclusiva prevista na Estratégia Europa 2020.