Tonio Borg, Comissário Europeu da Saúde
As doenças crónicas são um problema importante que atinge uma dimensão cada vez mais vasta na população. São, de longe, a principal causa de mortalidade, representando cerca de 86 % de todos os óbitos na UE. Morrem todos os anos dois milhões de pessoas de doenças cardiovasculares e estima-se que 8 % da população sofre de diabetes, uma doença que em certos casos poderia ser evitada. Muitos casos de doenças crónicas podem ser evitados através da redução dos principais fatores de risco: tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação deficiente e falta de exercício.
A UE sabe que este problema não pode ser ignorado e está empenhada em agir. Adotámos políticas e legislação com o objetivo de melhorar a sensibilização e reduzir os riscos e cooperamos ativamente com os Estados-Membros a fim de desenvolver e aplicar abordagens eficazes para combater as doenças crónicas.
Para esse efeito, os Estados-Membros, as organizações não governamentais e internacionais e os representantes do setor segurador e da saúde organizaram recentemente uma consulta para partilharem experiências e ideias. Pudemos recolher informações valiosas sobre os aspetos em que as partes interessadas pretendem que a UE concentre a sua atenção no futuro, designadamente a luta contra os fatores de risco, o investimento na prevenção e o reforço dos sistemas de saúde.
Esta colaboração já produziu resultados tangíveis. Juntamente com os Estados-Membros, foi criada uma ação conjunta para promover o envelhecimento saudável, abordar as doenças crónicas através do intercâmbio de boas práticas e melhorar as políticas de luta contra a diabetes em toda a Europa. Realizar-se-á igualmente uma «Cimeira da UE sobre doenças crónicas», em 3 e 4 de abril do corrente ano, a fim de fazer avançar o debate sobre as possibilidades de atuação da UE.
Para além destas iniciativas, a Comissão apoia também ativamente iniciativas de investigação e inovação e tem financiado numerosos projetos no âmbito dos Programas de Saúde e Investigação.
No seu conjunto, estas ações têm por objetivo ajudar os Estados-Membros a reduzir o fardo das doenças crónicas — e, em última instância, contribuir para salvar vidas em toda a União Europeia.