Indústria e empreendedorismo
Educação para o empreendedorismo
A educação para o empreendedorismo é um fator fundamental para a retoma económica
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O que fazer para que o desemprego juvenil se torne uma lembrança do passado? Em vez de procurarem convencer as empresas a dar emprego aos jovens, os países europeus deveriam consagrar mais recursos a ensiná-los a criar uma empresa e a tornar-se o seu próprio patrão.
O ensino desempenha um papel fundamental nesta verdadeira revolução cultural. É verdade que algumas pessoas nascem com um espírito empresarial. Mas, na maioria dos casos, é necessário aprender a ser empresário. Uma prova disso é o facto de entre 15% e 20% dos alunos que participam num projeto de criação de miniempresas durante o ensino secundário criarem mais tarde a sua própria empresa e de esta percentagem ser cerca de três a cinco vezes superior à da população em geral.
Apesar disso, os sistemas de ensino europeus não ensinam aos alunos as competências necessárias a qualquer empreendedor. É preciso alterar esta situação a todos os níveis. Assim, até ao final de 2015, os países da UE devem assegurar a integração do empreendedorismo nos programas do ensino básico, secundário, profissional e superior, assim como a educação para adultos.
A Comissão insta as universidades a tornar-se mais empreendedoras e a incrementar a sua colaboração com o mundo empresarial para que as melhores ideias dos investigadores e estudantes se transformem rapidamente em empresas rentáveis.
Estão em curso trabalhos para fomentar o papel impulsionador das universidades na criação de empresas, assim como a existência de ecossistemas entre universidades e empresas para dar resposta às grandes mudanças da sociedade. Em colaboração com a OCDE, foi criado um quadro de orientação para as universidades que promovem o empreendedorismo, a fim de as ajudar a adotarem módulos de aprendizagem baseados no empreendedorismo.
Um ensino mais orientado para o empreendedorismo deve ser complementado por uma formação adequada e por medidas de apoio à criação de empresas. Os estudantes devem ter a oportunidade de adquirir, pelo menos, uma experiência empresarial prática antes do final da escolaridade obrigatória.
O mecanismo de garantia para a juventude proporcionará aos jovens novas possibilidades concretas. O orçamento europeu será utilizado para financiar ações de formação e novos programas de aprendizagem destinados aos jovens e aos adultos que necessitem de programas de reciclagem.
Após um primeiro contacto com o empreendedorismo nos bancos da escola e na universidade, os potenciais empresários podem ainda adquirir experiência no terreno e alargar a sua formação e oportunidades de contactos profissionais através do programa de intercâmbio Erasmus para jovens empresários.
Ajudar os jovens é não só um dever, mas também um bom investimento, uma vez que as empresas em fase de arranque podem desempenhar um papel fundamental no relançamento do crescimento económico da Europa e no desenvolvimento de novas ideias e práticas empresariais.