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Para estações menos consumidoras de energia

  • 12 April 2019

O projeto tem por objetivo melhorar a eficiência energética nas estações do sudoeste da Europa (SUDOE). As tecnologias inteligentes facilitam a gestão futura dos edifícios e o recurso às tecnologias da informação reforça o papel dos transportes públicos na luta contra as alterações climáticas.

A nossa empresa gere várias estações na Cantábria e uma das nossas principais preocupações consistia em saber como reduzir os custos energéticos. Tínhamos também necessidade de saber como normalizar a manutenção dos nossos edifícios. O projeto Sudoe Stop CO2 abriu-nos uma janela de oportunidade. Vamos reduzir consideravelmente a nossa fatura energética e dispomos de uma ferramenta útil para gerir os nossos edifícios.

Pedro López Camacho, gestor da estação de Torrelavega (membro da rede de estações sustentáveis)

As estações de autocarros e de comboios das cidades do sudoeste da Europa consomem grandes quantidades de energia e são responsáveis por importantes níveis de emissões de gases com efeito de estufa, afetando a qualidade de vida dos cidadãos e a imagem das cidades.

A eficiência energética tornou-se um objetivo permanente a atingir para a gestão desses edifícios. Geralmente situadas no centro das cidades, estas instalações têm um impacto significativo na vida dos cidadãos, na imagem das cidades e na sua situação sanitária.

Inovação e sensibilização

O projeto SUDOE Stop CO2 visa melhorar a eficiência energética nas estações da região SUDOE (sudoeste europeu, que inclui a Espanha, Portugal e o quadrante sudoeste da França). Para o efeito, o projeto segue duas abordagens distintas.

Por um lado, aposta na inovação através da metodologia «Building Information Modeling (BIM)», a fim de melhorar a eficiência energética nas estações. Em português, a metodologia BIM é designada por «modelação da informação na construção». Esta metodologia assenta num conjunto de processos ou métodos de trabalho implementados ao longo da conceção, da construção e da utilização de um edifício, bem como na utilização de uma maqueta digital com dados inteligentes e estruturados.

Por outro lado, o projeto baseia-se na sensibilização. Foi criada uma ferramenta específica para avaliar a sustentabilidade das estações. A ferramenta fornece aos gestores de estações uma taxa de avaliação de base que permite uma comparação com outras instalações e constitui igualmente uma forma de criar uma rede para o intercâmbio de informações e boas práticas.

As tecnologias inteligentes ao serviço do edifício

O projeto permitiu o desenvolvimento da metodologia BIM para a gestão da energia nas estações. . Esta metodologia possibilitou a criação de modelos 3D que permitiram trabalhar em conjunto e propor alternativas para melhorar o comportamento energético dos edifícios.

A BIM abriu novas oportunidades, nomeadamente a utilização de tecnologias inteligentes para a gestão da eficiência energética dos edifícios. Além disso, o projeto resultou na criação de uma rede de estações sustentáveis para a partilha de experiências e para informar o público quanto aos esforços envidados. Desta forma, 22 estações de autocarros foram incluídas na «rede de estações sustentáveis» em Espanha, bem como 24 estações da SNCF em França e duas estações em Portugal.

Investimento total e financiamento da UE

O projeto «SUDOE Estações de transporte contra o CO2 (SUDOE STOP CO2)» foi objeto de um investimento total de 1 173 791 EUR; a contribuição do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional ascende a 865 555 EUR, a título do programa Interreg V-B Sudoeste (SUDOE V-B) para o período de programação 2014-2020. O investimento enquadra-se na prioridade «União da Energia e clima».