breadcrumb.ecName
pt Português

ESA-BIC: explorar as tecnologias e a inovação espaciais para estimular a economia portuguesa

  • 31 August 2020

Um projeto baseado na Região Centro de Portugal ajudou os empreendedores e as PME a gerar novos negócios e inovação apoiando o seu acesso a tecnologias espaciais e dados de satélites e a utilização dos mesmos. Estão a ser utilizadas soluções de alta tecnologia espacial para criar novos produtos e serviços em setores como o transporte e a logística, a saúde, a agricultura e o ambiente. Nos seus primeiros cinco anos de atividade, o projeto ESA-BIC Portugal ajudou a gerar mais de 11,5 milhões de euros em vendas e volume de negócio, criando 30 start-ups e cerca de 100 postos de trabalho altamente qualificados.

O novo ecossistema de empreendedorismo espacial em Portugal, nomeadamente na Região Centro, está numa fase de crescimento. A ESA-BIC-PORTUGAL foi uma ferramenta crucial para estimular este crescimento, criando uma comunidade verdadeiramente vibrante de inovação e criação de emprego.

Teresa Mendes, Presidente do Instituto Pedro Nunes

O Centro ESA Space Solutions Portugal, localizado no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, procura formas de usar as tecnologias espaciais para resolver problemas na Terra. Através do projeto ESA-BIC, foram identificadas mais de 30 tecnologias espaciais como tendo potencial comercial em mercados não espaciais.

Para realizar a sua missão, o Centro tornou-se no primeiro na Europa a implementar os três instrumentos da Agência Espacial Europeia para o crescimento económico regional e o desenvolvimento de oportunidades de negócio a jusante: o Centro de Incubação de Negócios da ESA (ESA Business Incubation Centre), a Rede de Transferência de Tecnologia da ESA (ESA Technology Transfer Brokers) e a Plataforma de Embaixadores de Aplicações da ESA (ESA Business Applications Ambassadors).

Impulsionar a mudança

As start-ups que nasceram deste projeto desenvolveram inovações em áreas diversas, desde a saúde à gestão de catástrofes. Além de criar emprego e crescimento, estas novas empresas abordam desafios sociais urgentes relacionados com a digitalização, operações em prol da neutralidade climática, a proteção do património cultural e a economia circular.

Por exemplo, uma start-up denominada Space Layer está a usar imagens de satélite de observação da Terra e sensores da qualidade do ar para mapear os níveis de poluição das cidades e alertar os seus utilizadores para potenciais problemas. Ao mesmo tempo, a start-up Findster usa tecnologias de localização por GPS combinadas com uma aplicação para smartphone para encontrar animais de estimação perdidos em tempo real e reuni-los com os seus donos.

Gerar exportação

O investimento gerado pelas novas empresas apoiadas pelo projeto ascende a mais de 3,5 milhões de euros. Além disso, cerca de 67 % das vendas geradas são exportações, o que tem ajudado as empresas a prosperar num mercado nacional que é, noutros aspetos, limitado. Das 30 start-ups inicialmente apoiadas, 17 encontram-se na Região Centro.

O projeto participou em mais de 60 eventos para promover a economia espacial junto de jovens empreendedores. Os eventos incluíram a versão local do Hackathon Act in Space, uma iniciativa global que foi realizada em 32 países e 54 cidades em todo o mundo, envolvendo cerca de 3 300 participantes.

A ESA está agora a expandir este modelo de projeto para outros Estados-Membros da UE como um exemplo de como gerar crescimento económico regional e postos de trabalho qualificados explorando a tecnologia e a inovação espaciais.

Investimento total e financiamento da UE

O investimento total para o projeto «ESA-BIC-Portugal» é de 198 557 EUR, com uma contribuição de 168 773 EUR do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do Programa Operacional «Centro» para o período de programação 2014-2020. O investimento insere-se no âmbito da prioridade «Investigação e inovação».