Um projeto financiado pela UE transformou o Parque de Exposições de Braga, na região Norte de Portugal, num espaço seguro, confortável, moderno, atrativo e energeticamente eficiente. A infraestrutura existente foi renovada e foram criadas novas instalações para acolher feiras, exposições, congressos e uma série de eventos socioculturais, científicos, recreativos e desportivos, de caráter nacional e internacional.
- 11 June 2020
Acredito que hoje em dia poucos são os Municípios que podem prescindir do apoio de fundos da UE face à exiguidade de recursos próprios para concretizar grandes projetos de investimento. Sem estes recursos, dificilmente teríamos concretizado o desenvolvimento dessa magnífica infraestrutura, que serve toda a região.
Com capacidade para acolher entre 20 e mais de 20 000 pessoas, o parque de exposições foi renovado com base num design inspirado no património romano de Braga.
Os trabalhos de manutenção e reabilitação do projeto incluíram impermeabilização, isolamento térmico e acústico e melhorias a nível de segurança. Foram criados novos espaços para eventos; foram adquiridos equipamentos interativos tecnologicamente avançados; e um novo traçado permitiu otimizar a acessibilidade e a facilidade de circulação.
Condições degradantes
Construído na década de 1980 para apoiar o desenvolvimento económico de Braga, nomeadamente para acolher feiras e exposições comerciais, o Parque de Exposições de Braga deteriorou-se ao longo das três décadas seguintes, ao ponto de já não preencher todas as condições para acolher grandes eventos. Expositores e visitantes queixavam-se da acústica, do ar condicionado e do nível geral de conforto.
A falta de versatilidade era outro problema. Assim, era prioritário para o projeto colmatar as lacunas a nível de infraestruturas para que o espaço pudesse acolher uma ampla variedade de eventos — algo que atualmente se considera essencial para estruturas como o Parque de Exposições de Braga.
Espaços multiusos
Com uma localização central e de fácil acesso ao aeroporto do Porto, o parque alberga o maior pavilhão de exposições da região Norte, com capacidade para 12 000 e uma área de 7 800 m², e dispõe de auditórios grandes e pequenos com 1 432 e 254 lugares respetivamente. A sala de congressos de 450 m² está equipada com divisórias que permitem a sua divisão em cinco salas separadas.
Seis salas de reuniões, das quais cinco com 75 m² e as restantes com 45 m², acolhem palestras, apresentações e sessões de formação para um número máximo de 60 pessoas e receções para um total de 120 pessoas. Dois foyers multiusos — um no piso 0 e outro no piso 1 — asseguram 720 m² e 320 m² de espaço adicional, respetivamente. São utilizados para a receção e acreditação de convidados e de serviços de catering.
Além disso, o foyer do piso 0 recebe exposições e demonstrações de produtos. A principal função do foyer do piso 1 é apoiar as atividades realizadas no pequeno auditório e na sala de congressos.
Outra atração do parque é o Forum Arte Braga, uma galeria de arte contemporânea com 300 m² que tem um programa de exposições que inclui obras de artistas portugueses e internacionais. Outros elementos incluem um amplo parque de estacionamento, disponibilidade de Wi-Fi em todo o local, um restaurante, uma cafetaria e 26 000 m² de espaço exterior.
A reabilitação do Parque de Exposições de Braga contribui para a requalificação da cidade, deve estimular o crescimento económico e a competitividade e atrair negócios e investimentos para a área.
Desde a sua reabertura, cerca de 800 000 pessoas visitaram o parque, participando em cerca de 400 eventos e mais de 100 exposições e congressos, incluindo feiras de agricultura, de construções e de livros, e salões automóveis.
Investimento total e financiamento da UE
O investimento total para o projeto «Parque de Exposições de Braga» é de 8 826 396 EUR, com uma contribuição de 7 502 436 EUR do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do Programa Operacional «NORTE 2020» para o período de programação 2014-2020. O investimento insere-se no âmbito da prioridade «Competitividade e internacionalização da economia regional».