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A linha amarela do metro do Porto será estendida de Santo Ovídio até Vila d’Este

  • 19 August 2020

Partindo da estação de Santo Ovídio, a linha amarela do metro do Porto será estendida em 3,15 km. Serão construídas três novas estações – Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila d’Este – bem como um parque de material e oficina e uma via de resguardo para a inversão de veículos a sul da estação de Santo Ovídio.

A extensão desenvolver-se-á em viaduto, incluindo três estruturas com um comprimento total de 555 m, entre Santo Ovídio e Manuel Leão, e através de um túnel de 1 km que contém a estação Manuel Leão – a única estação subterrânea englobada nas obras – e as secções adjacentes. Acabará a 160 m do Hospital Santos Silva.

Após o Hospital Santos Silva, a via será novamente subterrânea, reemergindo posteriormente e continuando à superfície para Vila d’Este. A secção entre Manuel Leão e Hospital Santos Silva terá um acesso de emergência e um poço de ventilação.

Uma ligação intermodal

Além de permitir ao hospital do mesmo nome ser servido pelo metro, a estação Hospital Santos Silva, graças à sua proximidade das vias rodoviárias principais, atuará como interface de transportes e contribuirá para reduzir a utilização de transporte privado. Será realizada uma manutenção e renovação do parque de estacionamento no local para fornecer uma ligação entre a estação de metro, as paragens de autocarros e a praça de táxis.

Localizado entre o Hospital Santos Silva e Vila d’Este, o parque de material e oficina melhorará o funcionamento e a manutenção do material circulante. Incluirá estacionamento para 20 veículos, uma estação de serviço, um centro de lavagem e uma pequena oficina, complementados por armazéns e salas técnicas para operações especializadas. O acesso será realizado através de duas linhas secundárias de via única.

Como continuação da linha amarela já existente, a nova via usará um sistema de tração elétrica dc de 750 V, com arames de catenária suspensos flexíveis. Serão construídas duas subestações de tração. Será adquirido equipamento de sinalização, segurança, apoio operacional e bilhética e o Posto Central de Comando será adaptado para ter em conta a extensão.

Atender às exigências e reduzir as emissões

Composta por 17 concelhos, a Área Metropolitana do Porto tem uma população de 1,7 milhões de pessoas e uma área de 2 000 km². O seu Plano de Ação de Mobilidade Urbana e Sustentável de 2016 salienta que os transportes são a fonte principal das emissões de CO2 na região e que o trânsito rodoviário gera níveis especialmente altos destas emissões no município do Porto.

O Metro do Porto tem atualmente 67 km de comprimento, 82 estações e 102 veículos. Transportou 62,6 milhões de passageiros em 2018. O segmento de 2 493 m entre Jardim do Morro e Santo Ovídio, onde termina atualmente a linha amarela, corresponde a cerca de 4 % da rede, mas a 8 % da procura dos seus serviços.

A área que será servida pelas novas estações engloba vários locais de importância metropolitana e regional, entre eles o Hospital de Vila Nova de Gaia, onde todos os anos são hospitalizadas cerca de 25 000 pessoas, realizadas 10 000 operações, agendadas 500 000 consultas e tratados 180 000 casos urgentes. Em Vila d’Este, uma área residencial densamente povoada, residem cerca de 8 000 pessoas; a escola básica Soares dos Reis, aí situada, conta com cerca de 1 000 alunos.

Os objetivos do projeto são aumentar a procura do transporte de metro, reduzir as emissões de gases poluentes e desta forma combater as alterações climáticas e promover o desenvolvimento económico local e a coesão social e territorial. Estima-se que mais de 20 milhões de passageiros por quilómetro utilizarão a extensão no primeiro ano completo de operação e que, no mesmo período, a extensão permita reduzir as emissões de CO2 em mais de 2 290 toneladas.

Investimento total e financiamento da UE

O investimento total para o projeto «Extensão do metro do Porto: Linha Amarela (Santo Ovídio - Vila d´Este)» é de 169 036 397 EUR, com uma contribuição de 43 359 619 EUR do Fundo de Coesão da União Europeia através do Programa Operacional «Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos» para o período de programação 2014-2020. O investimento insere-se na prioridade «Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os setores».