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Notícias
2022 foi o pior ano de incêndios em Portugal desde 2017

2022 registou a pior época de incêndios em Portugal desde 2017. Portugal foi o terceiro país da UE mais afetado por este flagelo, embora a área total ardida de 112,063 hectares resultante de 1 236 incêndios represente apenas uma fração dos danos ocorridos em 2017, de acordo com os dados do relatório antecipado de 2022 sobre incêndios florestais na Europa, no Médio Oriente e no Norte de África.

Quase todos os danos ocorreram durante os meses de verão, mas o maior número de incêndios foi observado em janeiro, se bem que durante esse mês os incêndios tenham sido pequenos, o que significa que a área ardida foi menos extensa.

Durante o verão foram registados vários grandes incêndios, dois dos quais em agosto, na província de Beiras e na Serra da Estrela, que se espalharam por uma superfície de mais de 15 000 e 10 000 hectares, respetivamente. Ocorreram ainda 13 outros incêndios que abrangeram superfícies de mais de 1 000 hectares. 41 089 hectares do total cartografado, que correspondem a 37 % da superfície total ardida, estavam situados em sítios Natura 2000.

O relatório do JRC apresenta uma panorâmica da época de incêndios de 2022, com base nos dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Precede o relatório anual de 2022, que inclui os contributos nacionais dos países representados no grupo de peritos da Comissão em matéria de incêndios florestais, que será publicado em outubro de 2023.

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Ligeira diminuição das emissões de CO2 em Portugal em 2021

Em 2021, as emissões de CO2 em Portugal registaram uma diminuição de 2 % comparativamente ao ano anterior, segundo os dados do relatório de 2022 recentemente publicado sobre as emissões de CO2 em todos os países do mundo, compilado pelo JRC, pela Agência Internacional da Energia e pela Agência Neerlandesa de Avaliação Ambiental.

Em Portugal, as emissões têm vindo a diminuir substancialmente desde 2017. Em 2021, o declínio mais acentuado registou-se a nível da indústria de produção de energia elétrica (-13 %).

De acordo com o relatório, as emissões mundiais de CO2 proveniente de combustíveis fósseis aumentaram 5,3 % em 2021 comparativamente a 2020, tendo atingido níveis quase idênticos aos registados antes da pandemia de 2019. Na UE, as emissões totais de CO2 a partir de combustíveis fósseis registaram um aumento de 6,5 % em 2021. No entanto, este aumento representa apenas cerca de metade da redução observada entre 2019 e 2020 (-10,8 %), o que significa que as emissões da UE-27 baixaram de 5 % entre 2021 e 2019, prosseguindo uma tendência decrescente.

Se recuarmos mais no tempo, verificamos que a UE foi, de entre os maiores emissores, o que registou a maior diminuição de emissões de gases com efeito de estufa. Em 2021, as emissões de CO proveniente de combustíveis fósseis da UE-27 registaram uma diminuição de 27,3 % comparativamente a 2029, tendo a sua quota de emissões mundiais diminuído também de 16,8 % em 1990 para 7,3 % em 2021.

A base de dados de emissões para a investigação atmosférica global (EDGAR) do JRC, que inclui dados relativos ao período decorrente entre 1970 a 2021, complementa os inventários nacionais e os relatórios elaborados pelas Partes no Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, disponibilizando informações sobre as tendências coletivas em matéria de emissões para todos os países, tal como exigido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CQNUAC).

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Os solos do Alentejo e do Algarve registam uma carência de fósforo

Os solos das regiões meridionais de Portugal padecem de uma carência de fósforo, indica o Painel de Avaliação da Saúde dos Solos da UE, uma nova ferramenta que faz um levantamento do estado de saúde dos solos em toda a Europa. O Algarve apresenta o nível mais elevado de carência de fósforo (-84,04 %), enquanto no Alentejo os valores atingem -80,68 %.

O fósforo é um nutriente essencial para o crescimento das plantas. A presença de fósforo nos solos pode ser insuficiente para as necessidades das culturas, o que provoca uma deficiência que é corrigida pela aplicação de fertilizantes fosforados ou de fatores de produção orgânicos.

O Painel determina a localização e apresenta uma estimativa da extensão dos solos pouco saudáveis na UE, descrevendo os processos de degradação que lhes estão subjacentes. O Painel foi recentemente incluído no Observatório do Solo da UE, desenvolvido e gerido pelo JRC.

Segundo o Painel, 61 % dos solos da UE são pouco saudáveis, sendo grande parte deles afetados por mais do que um tipo de degradação. O Painel de Avaliação da Saúde dos Solos baseia-se numa série de 15 indicadores dos processos de degradação dos solos, que abrangem os seguintes aspetos erosão, poluição, falta de nutrientes, perda de carvão orgânico, perda de biodiversidade, compactação, salinização, perda de solos orgânicos e impermeabilização.

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Ver também EU Soil Dashboard
A população imigrante em Portugal contribui para a captação de cérebros

O novo Atlas da Migração do JRC revela que, entre 2014 e 2022, a população portuguesa estagnou por volta dos 10,4 milhões de pessoas. Registou-se uma diminuição lenta da população entre 2014 e 2019, seguida por uma ligeira tendência ascendente desde 2019.

O crescimento líquido da população registado desde 2019 pode ser totalmente atribuído à imigração. Em 2021, por exemplo, Portugal acolheu um total de 50 721 imigrantes.

As cinco principais nacionalidades que obtiveram autorizações de residência em Portugal em 2021 têm um vínculo histórico com o país. Por exemplo, 46,5 % das pessoas que receberam a sua primeira autorização de residência em 2021 em Portugal eram oriundas do Brasil.

Os dados disponíveis no Atlas sugerem que Portugal está a registar uma captura de cérebros significativa graças à imigração. Enquanto, em 2021, cerca de 31 % dos nacionais portugueses detinham um diploma de ensino superior, o nível de instrução dos imigrantes era geralmente mais elevado. 52% dos cidadãos móveis da UE detêm um diploma de ensino superior, enquanto entre os imigrantes de países terceiros essa percentagem é de 36 %, em ambos os casos valores muito superiores à média da UE.

O Atlas da Migração é publicado pelo Centro de Conhecimento das Migrações e Demografia da Comissão. Trata-se de uma ferramenta de referência em linha, que fornece orientações aos decisores políticos, aos profissionais e ao público em geral no que respeita à complexidade das migrações e da demografia. O Atlas proporciona, gratuitamente, um acesso rápido a todo um conjunto de dados e conhecimentos sobre migração apresentados de forma extremamente pormenorizada, fornecendo dados exaustivos sobre aspetos que vão das taxas de pobreza entre as crianças até ao número de autorizações de residência emitidas pela primeira vez, por nacionalidade e por ano.

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Publicações do JRC sobre Portugal

Duas publicações recentes sobre Portugal incluem contributos de cientistas do JRC. Um documento publicado juntamente pelo JRC e pelo Banco de Portugal destaca o papel das prestações sociais familiares na redução da pobreza infantil em Portugal.

Um quinto das crianças vive em agregados familiares em risco de pobreza e as reformas destinadas a reforçar o apoio orçamental às famílias com filhos são frequentemente propostas por académicos e decisores políticos. O documento utiliza o modelo de microssimulação do JRC EUROMOD e outros dados para determinar até que ponto certas regras em matéria fiscal e de prestações atualmente em vigor contribuem para reduzir a pobreza infantil e simular alterações hipotéticas a essas regras num cenário neutro em termos de receitas.

Um segundo documento do JRC analisa os candidatos e os beneficiários de ações relacionadas com a inovação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português. O Next Generation EU é o instrumento financeiro temporário criado para apoiar a recuperação dos Estados-Membros da UE após a crise da COVID-19. Para aceder aos fundos — em especial ao Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) — os Estados-Membros tiveram de apresentar um plano nacional de recuperação e resiliência (PRR). Os investimentos na inovação desempenham um papel fundamental nas dotações temáticas de muitos PRR nacionais. No caso de Portugal, estes investimentos representam cerca de 10 % do total das subvenções (1,344 milhões de euros), em sintonia com a média da UE.

Os beneficiários de dotações no domínio da I&D no PRR português são principalmente as entidades que exercem atividades há mais de 10 anos (69 %), que prestam serviços que exigem uma utilização intensiva de conhecimentos (39 %) e anteriores beneficiários de fundos da UE (66 %). Concentram-se principalmente nas zonas mais inovadoras, em especial na zona costeira central e setentrional.

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Ver também Candidatos e os beneficiários de açõe...
Desempenho do setor turístico em Portugal de acordo com o novo Painel do Turismo da UE

Pretende comparar a quantidade de emissões de gases com efeito de estufa produzidas pelo setor do turismo em Portugal com os outros países da UE?

Pode consultar este indicador, bem como muitos outros relacionados com o impacto ambiental, a digitalização ou a resiliência socioeconómica do território através do Painel do Turismo, um novo instrumento que visa ajudar os decisores políticos a nível nacional e regional a orientar as políticas e estratégias no setor do turismo. O objetivo do Painel consiste em facilitar o acesso às estatísticas e aos indicadores pertinentes para as políticas de turismo, ajudando os interessados e as autoridades públicas a acompanhar os progressos realizados a nível da transição ecológica e digital.

O Painel do Turismo da UE foi desenvolvido pelo JRC e pela Direção-Geral do Mercado Interno, da Indústria, do Empreendedorismo e das PME da Comissão, na sequência de um pedido apresentado, em 2021, pelos países da UE, no sentido de desenvolver um instrumento para o ecossistema do turismo.

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