Novo estudo do Centro Comum de Investigação revela as implicações da corrosão induzida pelas alterações climáticas nos edifícios em Portugal
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Mais de um milhão de edifícios em Portugal (67 %) podem necessitar de reparação devido à corrosão provocada pela carbonatação, demonstrando a dimensão potencial do problema no país (0,11 % das perdas de bem-estar em percentagem do PIB do país). Num cenário mais grave, tendo em conta um aquecimento de 3 °C até 2100, este valor poderá aumentar ligeiramente (21 mil milhões de euros). Nesse caso, mais de 1,6 milhões de edifícios (96 % do total de edifícios do país) poderão necessitar de reparação antes de 2100 (o que representa um custo anual de reparação estimado em 0,11 % do PIB do país).
O estudo do Centro Comum de Investigação é a primeira avaliação do modo como as alterações climáticas afetam os edifícios de betão na Europa, em especial em termos de um processo químico designado carbonatação, que pode enfraquecer a estrutura ao longo do tempo. Estima o tempo necessário para o início da corrosão devido à perda da cobertura de reforço do aço e avalia os custos de reparação conexos e a perda anual de bem-estar. A abordagem proativa da Comissão Europeia para gerir os riscos climáticos sublinha a importância de integrar a adaptação e a resiliência às alterações climáticas nas normas de construção.