Pacto Ecológico Europeu: Comissão quer poluição zero no ar, na água e no solo
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Data: 21/06/2021
O plano apresenta uma visão integrada para 2050 e o caminho a seguir para a concretizar. Reúne todas as políticas da União com impacto no combate e na prevenção da poluição, pondo uma tónica especial no recurso às soluções digitais. Estão previstas revisões da legislação europeia neste domínio para identificar as lacunas remanescentes e as situações em que é necessário melhorar a aplicação para dar cumprimento às obrigações jurídicas.
As metas fundamentais para 2030 no atinente à redução da poluição na fonte, em comparação com a situação atual, são as seguintes:
- melhorar a qualidade do ar para reduzir em 55% o número de mortes prematuras causadas pela poluição atmosférica;
- melhorar a qualidade da água reduzindo a produção de lixo, os resíduos de plástico libertados no mar (em 50%) e os microplásticos libertados no ambiente (em 30%);
- melhorar a qualidade dos solos, reduzindo para metade as perdas de nutrientes e a utilização de pesticidas químicos;
- reduzir em 25% os ecossistemas da UE onde a poluição atmosférica ameaça a biodiversidade;
- reduzir em 30% o número de pessoas com perturbações crónicas causadas pelo ruído dos transportes;
- reduzir significativamente a produção de resíduos e diminuir para metade a produção de resíduos urbanos finais.
O plano delineia uma série de iniciativas e de ações emblemáticas, incluindo:
- o reforço do alinhamento das normas de qualidade do ar pelas recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde;
- a revisão das normas de qualidade da água, inclusive nos rios e nos mares da União;
- a redução da poluição do solo e o reforço da sua regeneração;
- a revisão de boa parte da legislação da UE em matéria de resíduos, a fim de a adaptar aos princípios da economia limpa e circular;
- a promoção da poluição zero ao nível da produção e do consumo;
- a apresentação de um painel de avaliação do desempenho ecológico das regiões da UE para promover a poluição zero em todo o território;
- a redução das desigualdades no domínio da saúde decorrentes do facto de os efeitos nocivos da poluição na saúde recaírem hoje em dia de forma desproporcionada sobre as pessoas mais vulneráveis;
- a redução da pegada de poluição externa da UE, restringindo a exportação de produtos e de resíduos com impacto nocivo e tóxico para países terceiros;
- o lançamento de laboratórios vivos em prol de soluções digitais ecológicas e da poluição zero inteligente;
- a consolidação dos Centros de conhecimento da UE para a poluição zero e a congregação das partes interessadas na Plataforma das partes interessadas para a poluição zero;
- o reforço da aplicação do objetivo de poluição zero em conjunto com as autoridades ambientais e outras autoridades responsáveis pela aplicação da lei.
A par da Estratégia para a Sustentabilidade dos Produtos Químicos adotada no ano passado, o plano de ação dá expressão concreta à ambição da UE de atingir um nível de poluição zero para um ambiente sem substâncias tóxicas. Concomitante com os objetivos da União em matéria de neutralidade climática, saúde, biodiversidade e eficiência na utilização dos recursos, o plano está alicerçado em iniciativas nos domínios da energia, da indústria, da mobilidade, da alimentação, da economia circular e da agricultura.