Conceito estatístico – Classificações
Este artigo faz parte de Statistics 4 beginners, uma secção de Statistics Explained onde são explicados, de um modo simples, indicadores e conceitos estatísticos, para tornar o mundo das estatísticas mais acessível aos estudantes, assim como a todas as pessoas que se interessam por estatísticas.
O resultado da organização de informações em categorias de acordo com algumas características comuns é designado por “classificação”. As categorias devem ser bem descritas, exaustivas e mutuamente exclusivas. Geralmente, uma classificação contém códigos (números ou letras) e pode ser organizada numa estrutura hierárquica ou não hierárquica.
A classificação NACE (abreviatura da designação francesa Nomenclature statistique des activités économiques) é o exemplo de uma classificação que é utilizada pelos produtores de estatísticas europeias para classificar as atividades económicas. Desta forma, podemos, por exemplo, ter a certeza de que a atividade económica "Indústria" é entendida da mesma forma em todos os Estados-Membros da UE e em todos os domínios da estatística.
Exemplos das classificações mais comuns:
- NACE (Statistical classification of economic activities):classificação dos setores de atividade económica
- ISCO (International Standard Classification of Occupations):classificação das profissões
- COFOG (Classification of the Functions of Government): classificação das funções das administrações públicas
- COICOP (Classification of Individual Consumption According to Purpose): classificação das despesas das famílias por objetivo
- NUTS (Nomenclature of territorial units for statistics): classificação das regiões para efeitos de recolha e difusão de informação estatística
- Combined nomenclature: classificação das trocas de bens
Porque necessitamos de classificações?
As classificações permitem ordenar os elementos relativos a um determinado tópico num quadro estruturado e hierarquizado, para garantir que os dados recolhidos sobre esse tópico são comparáveis e dizem respeito à mesma coisa.
A profissão de “professor” é um bom exemplo: ela deve aparecer no setor “educação” e não no campo relativo à matéria ensinada. Se não estivesse classificado de um modo harmonizado recorrendo a uma classificação, um professor de matemática poderia ser contado no setor “atividades científicas”.