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Esquema de revitalização melhorou a coesão social em bairros desfavorecidos

  • 19 December 2012

Durante décadas, os bairros da Damaia e da Buraca na cidade da Amadora, a noroeste de Lisboa, foram flagelados por níveis elevados de desemprego e pobreza. Porém, um esquema de revitalização restaurou o ambiente urbano e trouxe um novo espírito de otimismo e confiança a essa zona.

Numa área densamente povoada e socialmente problemática, o projeto de revitalização, que teve início em 2001, atacou o problema da toxicodependência, promoveu a inclusão social da população composta essencialmente por imigrantes africanos, melhorou as oportunidades de educação e formação e também promoveu atividades económicas.

Com a grande parte dos residentes nos dois bairros a viver em habitações semelhantes a barracas, uma das prioridades do projeto foi renovar edifícios, espaços públicos e construir instalações sociais. Simultaneamente, o programa financiou vários esquemas destinados a melhorar a integração da população local no mercado de trabalho, promovendo a criação do próprio emprego e o estabelecimento de pequenas empresas.

Além disso, procedeu-se ao melhoramento ou à construção de instalações sociais, educativas, culturais e desportivas, como escolas, jardins comunitários e unidades de saúde para a terceira idade. Um dos principais objetivos do projeto foi promover a integração dos grupos mais desfavorecidos e marginalizados da sociedade. Entretanto, as altas taxas de insucesso e de abandono escolar foram combatidas com o desenvolvimento de atividades educativas e recreativas para os jovens.

Relações comunitárias melhoradas

Carlos Pina, coordenador técnico da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, constatou que o programa (que continua a ser financiado por outras fontes) foi bem-sucedido ao melhorar a integração social dos migrantes que vivem na zona. “O programa criou e testou novas formas de intervir em áreas urbanas de pequena dimensão mas com sérios problemas socio-urbanísticos,” afirmou. “As relações comunitárias estão, sem dúvida, muito melhores agora do que no passado.”

O programa de revitalização fez parte da segunda fase das chamadas Iniciativas Comunitárias URBAN, que canalizaram apoios do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) para cerca de 70 áreas urbanas desfavorecidas em toda a UE.