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Novo passadiço panorâmico nas margens do rio Douro, em Portugal

  • 11 June 2020

No âmbito de um projeto financiado pela UE, foi construído um passadiço de 14 km que acompanha as margens do rio Douro ao longo do seu curso através do município de Castelo de Paiva, na região Norte de Portugal. Localizados estrategicamente, os miradouros ao longo do percurso oferecem aos visitantes uma vista desobstruída do rio e do ambiente circundante. São concebidos em forma de barcos Rabelo — tradicionais embarcações de madeira utilizadas no transporte de pessoas e mercadorias ao longo do Douro.

O passadiço conta com um conjunto de miradouros magníficos que foram muito bem concebidos pela equipa projetista. Estes miradouros são réplicas de barcos Rabelo que se projetam sobe o rio, na encosta do vale do Douro, permitindo aos visitantes uma vista fantástica do espelho de água natural que é o rio Douro.

José Carvalho, vice-presidente do Município de Castelo de Paiva

O passadiço encontra-se na margem sul do Douro entre as suas confluências com os rios Arda e Paiva. Com início na praia fluvial do Choupal da Concas em Pedorido, percorre as aldeias históricas de xisto de Gondarém e Midões, antes de chegar a Santa Maria de Sardoura.

Os pontos de acesso de estradas adjacentes — alguns dos quais permitem estacionamento — dividem o percurso em secções menores de, pelo menos, 2 km para que os visitantes não tenham de percorrer a totalidade do percurso de 14 km. Os painéis informativos existentes detalham as principais características da rota, e foi também instalada sinalética de segurança.

Beleza natural

O passadiço foi construído em várias etapas. A primeira etapa cobriu uma extensão de 3 km entre a praia fluvial do Choupal da Concas e Oliveira do Adra, passando por várias azenhas e um hotel de luxo nas Fontaínhas. Mostra a beleza natural da paisagem do Douro, bem como a riqueza da sua flora e fauna.

Estendendo-se sobre o rio a partir das encostas do vale do Douro, os miradouros visam proporcionar aos visitantes a sensação de estarem a navegar na água.

Outros aspetos do percurso incluem os sobreiros, que oferecem sombra, os muros de xisto tipicamente portugueses e a vista sobre o Douro até à Serra da Boneca. Um passeio pelo passadiço permite aos turistas conhecerem os costumes e tradições das aldeias ribeirinhas, bem como a gastronomia e os vinhos locais, em particular o vinho verde, um dos produtos mais famosos do Vale do Douro. Espera-se um aumento de cerca de 90 000 visitas anuais graças ao projeto.

Uma estratégia mais ampla

O desenvolvimento do passadiço insere-se numa estratégia integrada denominada Viver Payva D’Ouro, que visa transformar Castelo de Paiva num importante destino turístico e dinamizar a economia local. Ao incentivar os turistas a conhecerem o património natural, etnográfico e gastronómico da zona, o Viver Payva D’Ouro pretende garantir o seu regresso em visitas posteriores.

A valorização da zona de lazer junto à praia do Choupal da Concas é outra parte da estratégia Viver Payva D'Ouro. Esta medida deve complementar o passadiço, realçando a beleza paisagística e a biodiversidade da foz do Arda. A intervenção abrange a reconversão de espaços verdes e a criação de serviços de apoio.

Outros elementos da estratégia incluem a modernização dos cais ribeirinhos em Midões, Santa Maria de Sardoura e Fornos, a criação de uma via pedonal ao longo do Paiva e percursos temáticos: serras, vinhas, fósseis e minas.

O próprio passadiço complementa as atracões locais existentes, como passeios de barco ao longo do Douro e passeios de comboio pelo Alto Douro Vinhateiro — Património Mundial da UNESCO.

Investimento total e financiamento da UE

O investimento total para o projeto «Percursos Payva D’Ouro» é de 399 326 EUR, com uma contribuição de 296 927 EUR do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do Programa Operacional «Norte 2020» para o período de programação 2014-2020. O investimento insere-se no âmbito da prioridade «Economia hipocarbónica».