A CE reúne com o governo português
O Colégio de Comissários recebeu hoje uma delegação liderada pelo PM Passos Coelho. Temas: programa de ajustamento, aprofundar da União Económica e Monetária, política industrial, agenda para a competitividade e o próximo orçamento da UE.
O Presidente Barroso garantiu ao Primeiro-Ministro Passos Coelho o apoio continuado da CE a Portugal, durante a crise. Disse que medidas como a extensão dos prazos, taxas de juro mais baixas e uma melhor aplicação dos fundos estruturais aliviaram já o impacto do programa de ajustamento.
Barroso felicitou o governo português pelos seus esforços para cumprir o programa e para colocar o país o rumo certo. O programa de reformas é pré-requisito essencial para um regresso sustentável aos mercados.
A economia portuguesa cresceu, pela primeira vez em dois anos, atingindo 1,1% de crescimento no segundo trimestre de 2013. No seu relatório de Outono, a CE confirmou que o PIB português caiu menos do que o esperado em 2013 e o país ganha quota de mercado nas exportações pelo terceiro ano consecutivo. “Não podemos pôr em risco tudo o que alcançámos,” disse o Presidente Barroso.
Barroso destacou o desemprego como uma das principais preocupações e mencionou também a modernização da indústria portuguesa, especificamente a criação de novas empresas, lideradas por empresários mais jovens e qualificados.
Para Barroso, Portigal sairá mais forte da crise. Segundo ele, o crescimento deve ser mais assente em reformas estruturais do que na dívida externa. Sublinhou também que Portugal precisa de recuperar confiança, dando provas de que o país consegue cumprir as suas obrigações, sendo para tal necessário um consenso político e social alargado.
Debateram-se também reformas para a competitividade. Para a CE, o financiamento da economia é uma prioridade, pois o acesso ao crédito é ainda demasiado limitado. Foi também debatido o aprofundar da UEM e medidas de combate ao desemprego e criação de postos de trabalho.
O Presidente Barroso anunciou que Portugal beneficiará de 19,6 mil milhões de euros para investimento, no quadro do orçamento comunitário para o período entre 2014 e 2020.